H&M amplia lucro em 40% e aposta no Brasil

Marca sueca avança com novas inaugurações para o interior de SP, Rio e Rio Grande do Sul

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A H&M, famosa marca sueca de fast-fashion e home decor, registrou alta de 40% no lucro operacional no terceiro trimestre de 2025, ao mesmo tempo em que marcou sua entrada no mercado brasileiro com a abertura das primeiras lojas em São Paulo e o lançamento do e-commerce no País. Os bons resultados da operação brasileira iniciam a expansão da H&M com a abertura de mais cinco unidades em três estados.

“A calorosa recepção que recebemos dos clientes reforça nossa confiança no Brasil como um mercado-chave para a H&M. Essas quatro inaugurações não são apenas sobre expandir nossa presença física, elas refletem nosso compromisso em criar experiências de compra inspiradoras, integrando nossos canais online e offline, e gerando oportunidades para clientes, colaboradores e parceiros”, afirma Joaquim Pereira, country manager da H&M Brasil. Estão em operação as lojas no Iguatemi Faria Lima, na zona sul da capital paulista, e no Shopping Anália Franco, na zona leste.

H&M amplia lucro em 40% e aposta no Brasil
Inauguração da 1ª H&M no Brasil, no Shoppping Iguatemi – Foto/Franklyn Almeida

Segundo o executivo, a rede se orgulha de contribuir com a geração de empregos e o dinamismo do varejo brasileiro por meio das novas operações. “Ao mesmo tempo, construímos um relacionamento de longo prazo pautado pelo crescimento responsável e pela oferta de moda e qualidade pelo melhor preço, de forma sustentável”, complementa Pereira.

Até o final de 2025, a previsão é de que o Shopping Dom Pedro, em Campinas, no interior de São Paulo, receba a terceira loja. As próximas inaugurações serão nos shoppings:

  • Iguatemi Esplanada, em Sorocaba, no interior paulista
  • RioSul Shopping, no Rio de Janeiro, capital fluminense
  • Iguatemi Porto Alegre, em Porto Alegre, capital rio-grandense
  • Shopping Praia de Belas, em Porto Alegre, capital rio-grandense

Desempenho financeiro

No terceiro trimestre (junho a agosto de 2025), a H&M reportou que suas vendas em moedas locais cresceram 2%, mesmo com 4% menos lojas em atividade. A receita líquida atingiu aproximadamente US$ 5,74 bilhões (correspondente a 57,0 bilhões de coroas suecas). A margem bruta subiu de 51,1% para 52,9%, refletindo ganhos de eficiência na cadeia de suprimentos e controle de custo.

O lucro operacional chegou a US$ 492 milhões (4,9 bilhões de coroas suecas), representando um salto de 40% sobre o mesmo trimestre de 2024, e elevando a margem operacional para 8,6%. Já o lucro líquido foi de cerca de US$ 321 milhões (3,2 bilhões de coroas suecas).

O relatório de nove meses da companhia, referente ao período de dezembro de 2024 a agosto de 2025, revela que a empresa conseguiu combinar eficiência operacional com expansão estratégica em novos mercados. A empresa alcançou US$ 17,04 bilhões em vendas (169,1 bilhões de coroas suecas). O lucro líquido no período ficou em US$ 786 milhões (7,8 bilhões de coroas suecas), ligeiramente inferior ao mesmo intervalo do ano anterior.

Apesar da pressão cambial e do ambiente cauteloso de consumo, a H&M reduziu estoques em 9% e manteve uma composição de portfólio favorável. A geração de caixa operacional foi de US$ 2,29 bilhões (22,7 bilhões de coroas suecas).

H&M no Brasil e na AL

O movimento mais emblemático do trimestre foi a chegada ao Brasil. No fim de agosto, a H&M inaugurou sua primeira loja em São Paulo e lançou a operação online no país. O CEO Daniel Ervér destacou que a recepção dos consumidores brasileiros foi “muito positiva”, reforçando a força global da marca aliada a um sortimento relevante para o mercado local.

Para 2026, estão contratadas quatro novas lojas, incluindo a primeira no Rio de Janeiro.

A expansão na América Latina permanece estratégica. Após estrear em El Salvador, em setembro, a companhia já prepara uma abertura na Venezuela por meio de franquia no quarto trimestre de 2025. Em 2026, o Paraguai receberá sua primeira loja H&M, enquanto em Malta a companhia também marcará presença por meio de franquia.

O modelo de expansão mescla lojas próprias e franqueadas, com o objetivo de acelerar a entrada em mercados estratégicos sem comprometer a rentabilidade.

Redução de lojas em mercados maduros

Globalmente, a rede encerrou agosto com 4.118 lojas, redução de 180 unidades em relação ao mesmo período de 2024. Mais de 200 pontos de venda estão programados para fechamento em 2025, principalmente em mercados maduros, enquanto cerca de 80 novas lojas devem ser abertas em países com maior potencial de crescimento.

O e-commerce segue ganhando peso: mais de 30% das vendas globais já ocorrem online, resultado da integração entre canais digitais e físicos, além da atualização tecnológica de lojas.

Sustentabilidade e liderança no setor de moda

Além da performance financeira, a H&M reforçou seu posicionamento em sustentabilidade. A empresa foi classificada em primeiro lugar no ranking What Fuels Fashion?, da Fashion Revolution, entre 200 companhias globais de moda, pelo nível de transparência em descarbonização e outras práticas ambientais.

Para Daniel Ervér, o conjunto de medidas reflete a ambição de manter crescimento sustentável, com disciplina de custos e foco na proposta de valor. “Combinamos uma oferta mais atrativa para o cliente, maior margem bruta e controle rigoroso de custos. Isso nos permitiu fortalecer o lucro operacional em 40% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, ao mesmo tempo em que reduzimos estoques e avançamos em novos mercados, como o Brasil”, afirmou o executivo no relatório.

Perspectivas para 2026

A estratégia da H&M mostra como redes globais de moda podem buscar eficiência e, ao mesmo tempo, capturar oportunidades em países com grande potencial de consumo. O Brasil, ao lado de outros mercados latino-americanos, aparece como prioridade para a próxima fase de expansão da companhia, que já sinaliza 2026 como um ano decisivo para consolidar sua presença regional.

Imagem: Reprodução

 

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