mLabs lança índice que mede o engajamento real no Instagram
Ferramenta gratuita compara dados reais por segmento, formato e faixa de seguidores
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A mLabs, plataforma brasileira de gestão inteligente de mídias sociais, lançou nesta semana o mLabs Índice, um novo produto gratuito e aberto ao público que mede o desempenho de perfis no Instagram com base em dados reais de engajamento. O anúncio foi feito pelo fundador e CMO da empresa, Rafael Kiso, durante uma coletiva de imprensa em que detalhou a proposta da ferramenta.
O Índice permite que qualquer usuário consulte a taxa média de engajamento no Instagram por segmento de mercado, tamanho do perfil, formato de conteúdo (Reels, carrossel, foto e vídeo) e até por horário de publicação. Os dados são atualizados mensalmente e se baseiam em uma amostra de mais de 30 milhões de pontos analisados a cada mês. “As pessoas pagariam por esse tipo de informação, e a mLabs está tornando isso gratuito para ajudar o mercado a ser mais orientado por dados e menos por achismo”, afirmou Kiso.
De acordo com o executivo, um dos diferenciais do índice é o cálculo da chamada taxa de engajamento real, baseada no alcance efetivo dos conteúdos, e não no número de seguidores, métrica usada pela maioria das pesquisas internacionais. “O que importa não é o tamanho do perfil e, sim, quantas pessoas foram realmente alcançadas e engajaram com o conteúdo. Essa é a taxa de engajamento de fato”, explicou.
A mLabs anonimiza a base de dados e cruza o alcance médio com o volume de interações, criando um parâmetro mais preciso. Assim, os usuários podem comparar sua própria performance ao longo do tempo e também a de seus concorrentes, permitindo comparações entre perfis de forma equivalente.
O nível de granularidade do índice possibilita uma análise separada por formato de postagem e por faixa de seguidores. Ou seja, a ferramenta verifica se o desempenho de conteúdos proprietários estão dentro de parâmetros saudáveis para o segmento.
Além disso, a plataforma mostra a distribuição dos posts por faixa de horário, revelando quando os perfis mais publicam. Para Kiso, o dado é útil para o planejamento de conteúdo. Embora o gráfico de horários não indique a taxa de engajamento, ele mostra os períodos de maior atividade de publicação, permitindo uma leitura muito mais estratégica sobre concorrência e comportamento do setor.
E como usar os dados na prática?
Além de entender os dados que o índice pode disponibilizar, também é preciso entender a própria performance da rede social. Ao analisar o desempenho do segmento e dos concorrentes, é imprescindível entender como, hoje, o Instagram prioriza postagens e perfis.
“A gente vem observando uma queda contínua da taxa de engajamento no Instagram. É importante entender por que isso acontece, e [saber que] vai continuar acontecendo. É um movimento cíclico, que já aconteceu com o Facebook”, destacou Kiso.
Segundo ele, o Instagram chegou ao teto máximo de usuários no Brasil. São cerca de 180 milhões de perfis, dos quais 154 milhões têm mais de 18 anos. Quanto mais usuários uma plataforma possui, mais difícil é crescer o alcance médio dos perfis. Em outras palavras, a rede não consegue mais crescer em audiência.
Por outro lado, avança o número de criadores de conteúdo que, naquele ambiente limítrofe, passa a competir pela atenção das mesmas pessoas. “O que o Instagram faz, então? Ele começa a substituir conteúdos ruins por conteúdos relevantes. E ‘relevante’, aqui, significa conteúdo que retém a atenção”, pontuou Rafael Kiso.
Hoje, 50% dos posts que aparecem no feed de um usuário são de não seguidores dele. Há alguns anos, esse percentual era de 20% e, na visão do especialista, continuará a crescer como resultado direto das mudanças de algoritmo do Instagram. O sinal social mais relevante passa a ser a retenção da atenção. O Instagram distribui mais os conteúdos que mantêm o usuário por mais tempo na plataforma, porque isso é bom para quem se conecta com o post e para a Meta, que pode exibir mais anúncios.
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Outra mudança em curso é na interface do aplicativo. Em países como a Índia está em teste uma versão que facilita a entrada de usuários no modo imersivo de Reels, o que, também na avaliação de Kiso, deverá aumentar ainda mais o percentual de posts recomendados, chegando a 70% ou 80% do feed.
“Por isso, o engajamento médio cai: os perfis estão alcançando mais público frio, de pessoas que não seguem a marca, e menos ainda os próprios seguidores. Esse é o novo jogo, e ele é cada vez mais sobre retenção”, alerta.
TikTok e novas segmentações
O mLabs Índice nasce com foco no Instagram, mas a empresa já confirmou que o próximo passo será expandir o comparativo de análise para o TikTok. “Certamente o próximo será o TikTok. E, depois, a ideia é fazer comparativos entre redes, o que vai dar muita conversa”, adiantou Kiso ao ser questionado pelo portal E&N.
A mLabs também planeja granularizar ainda mais os segmentos, permitindo análises específicas dentro das macrocategorias, por exemplo, filtrar “maquiagem” dentro de “Moda, Beleza e Estilo”. Segundo Kiso, o objetivo é que o índice se torne fonte de dados e parâmetro de mercado para veículos de comunicação, criadores de conteúdo e marcas de todos os portes.
“Dá para acompanhar se o engajamento está subindo ou caindo em determinados setores, e isso pode pautar matérias, análises e estratégias”, apontou o executivo.
Serviço
A ferramenta está disponível em mlabs.com.br/indice, sem necessidade de login ou cadastro. Basta acessar o site, escolher o setor e faixa de seguidores e visualizar os parâmetros de engajamento.
Imagem: Divulgação