Essência humana e a visão estratégica que impulsionam a Maria Brasileira

No universo em constante evolução do franchising e dos negócios, certas histórias – com sua essência humana e visão estratégica – se destacam não apenas pelo sucesso, mas pela maneira como ele é construído.

Neste episódio, o Bittencourt Cast mergulha em uma dessas narrativas inspiradoras com Felipe Buranello, cofundador da Maria Brasileira. Brunello é uma figura cuja trajetória profissional e a filosofia de sua empresa refletem uma profunda compreensão do mercado e um compromisso inabalável com as pessoas.

Assista à entrevista!

Trajetória guiada por oportunidade e visão

A jornada de Felipe Buranello até a cofundação da Maria Brasileira, em 2013, é um testemunho de como a observação atenta das necessidades de mercado pode moldar um caminho inesperado.

Após experiências em franquias internacionais e nacionais, e inicialmente planejando uma carreira executiva, Felipe e seu sócio, Eduardo, identificaram uma “dor” latente no mercado: a dificuldade de encontrar profissionais de limpeza confiáveis e de qualidade.

Essa percepção, que veio de experiências pessoais e de amigos, foi o catalisador para a criação da Maria Brasileira. O primeiro teste, uma unidade própria em Rio Preto, mostrou o potencial, mas foi em uma feira de franquias em Belo Horizonte que a marca realmente brilhou, superando até mesmo clientes da consultoria que Felipe e Eduardo mantinham na época.

A resposta positiva do mercado mineiro confirmou que era tempo de fazer uma “escolha importante” e focar integralmente na Maria Brasileira, que hoje conta com mais de 500 unidades espalhadas por todos os estados do Brasil.

Humanização como pilar estratégico

Um dos grandes diferenciais da Maria Brasileira, e um aprendizado central do episódio, é o papel da humanização. Felipe enfatiza que “o franqueador, ele, o papel dele é administrar uma rede de franquias e obrigatoriamente se passa por se relacionar com esses franqueados”.

Essa filosofia se manifesta em práticas genuínas, como o envio de vídeos personalizados de aniversário para franqueados, conhecendo detalhes como times de futebol e nomes dos filhos.

Esse “Método FDI” – que Felipe brinca que significa “Foz do Iguaçu” pelo “efeito catarata” – garante que a cultura de humanização comece na diretoria e se espalhe por toda a equipe (quase 70 pessoas) e, finalmente, pelos franqueados até chegar às profissionais de limpeza e ao cliente final. Para um serviço de confiança, como a limpeza, essa permeabilidade do sentimento humano é vital.

Resiliência, inovação e reconhecimento

A Maria Brasileira demonstrou notável resiliência, transformando desafios em oportunidades. Durante a pandemia, por exemplo, enquanto muitos desaceleravam, a empresa “foi na contramão”, investindo mais em marketing e contratações.

Sendo um serviço essencial, implementaram a sanitização e cresceram quase 100 unidades em um ano. A inquietude em inovar também é uma marca registrada. Em 2018, antes da pandemia, implementaram o e-commerce e, em 2019, o modelo de home office para franqueados, otimizando custos operacionais.

A ousadia na digitalização foi reconhecida pelo Top 25 do Franchising do Grupo BITTENCOURT já em 2018. Recentemente, um aplicativo mais robusto aumentou pedidos e faturamento online em 226% em seis meses, comprovando que “unir a tecnologia esse mundo digital a um serviço muito antigo como de limpeza tem tudo a ver”.

Essa abordagem multifacetada foi crucial para o reconhecimento como “Franqueador do Ano 2024” pela ABF. O prêmio, baseado na avaliação dos próprios franqueados, destacou a satisfação com o suporte (97%), relacionamento (94%) e desempenho financeiro (93-94%).

A empresa oferece uma “overdose de suporte” através de lives mensais em formato de “telejornal” (Fala Maria), podcasts, mesas redondas e treinamentos, garantindo que o franqueado se sinta valorizado e parte do sistema.

Além disso, a Maria Brasileira é a primeira microfranquia a conquistar o título de Franqueador do Ano, demonstrando o potencial de modelos de baixo investimento quando há suporte e visão estratégica.

Mais humanidade e tecnologia

Felipe Buranello reitera que o foco na humanização e na cultura continuará sendo inegociável, um “legado” que transcende indivíduos.

O futuro da Maria Brasileira inclui aprimorar ainda mais o foco nas profissionais de limpeza, com uma segunda convenção já planejada, e a incorporação de inteligência artificial para otimizar o operacional e “deixar o franqueado fazer o que é importante, que é cuidar de gente”.

Há também planos para internacionalização e trazer novas marcas para o Brasil, aproveitando a expertise do Grupo BITTENCOURT e de parceiros internacionais.

A Maria Brasileira, sob a liderança de Felipe Buranello, prova que o verdadeiro sucesso no empreendedorismo e no franchising reside na capacidade de identificar necessidades, inovar e, acima de tudo, valorizar as relações humanas.

Como ele bem resume, “o melhor programa social que uma empresa pode fazer é devolver um funcionário um colaborador melhor para a sua casa”.

Para se aprofundar nessa conversa rica em estratégias e inspiração, convidamos você a conferir o episódio completo do Bittencourt Cast com Felipe Buranello, da Maria Brasileira. Uma aula de empreendedorismo, humanização e crescimento sustentável.

Imagem: Reprodução